(1913-2008)
Não era apenas na música que ia sendo actualizada pelos filhos. Era também nas leituras.
Foi graças a um deles que "descobri" dois escritores a quem passei a ser fiel: Dino Buzzati e Albert Cossery.
Este último, egipcío, morreu há poucas semanas em Paris onde vivia desde 1945, no mesmo quarto de hotel. Escreveu apenas oito livros, dizia-se que escrevia uma linha por semana. Foi companheiro de Camus, Genet, greco...
Chamavam-lhe o Voltaire do Nilo, escrevia sempre em Francês.
Nos seus livros, curtos,fala sobre o Cairo da sua infância, a pobreza, os ladrões, as prostitutas, com ironia, escárnio e graça.
Talvez o que seduz o meu filho tenha sido o seu modo de vida, desprendido, anti-consumista, o seu elogio da preguiça.
"Não fazer nada é uma actividade interior; não é preguiça, é reflexão."
Estou a ler "A casa da morte certa"
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