Mais uma perda na dança contemporânea: Merce Cunningham aos noventa anos acabou a sua dança. Sei pouco sobre ele, sei que separava o movimento da música. O seu amigo Cage compunha e ele coreografava e essas criações só se juntavam no palco. Não faço bem ideia como é que os bailarinos respondiam, teriam que ser extraordinários. Também sei que tinha um gato e que se inspirava nos seus movimentos. Aos 75 anos ainda dançava e, agora, mesmo de cadeira de rodas, coreografava.A companhia terá agora como missão preservar as suas criações.

Foto tirada do "foguetabraze"

Estou a banhos mas, para grande pena minha, não é aqui.
Mais um ano sem ir a casa.

As notas no 9ºano a Matemática foram melhores que no ano passado. Os alunos não lêem jornais ou não se deixam enganar pela comunicação social, ao contrário dos do 12ºano.

É em França

O estudante de liceu, Tristan, de 17 anos, ao pretender matricular-se para o próximo ano lectivo no ano terminal, viu a sua pretensão recusada. Não por ter más notas mas por ser um "bloqueur". Foi o rosto mais evidente das contestações liceais neste inverno e apesar de não ter sido submetido a qualquer procedimento disciplinar é-lhe agora vedada a continuidade na escola a não ser que ele se comprometa por escrito a não voltar a bloquear a escola.

A medida é considerada discriminatória e ilegal e já originou um pedido do Fidl -federação democrática independente dos estudantes de liceu ao Ministro da Educação.

Há pessoas que seja o que quer que façam - bem ou mal - todos lhes caem em cima. A ministra da educação pertence a esse grupo. Se as notas sobem é porque os exames são fáceis de mais. Se as notas descem é porque afinal o ministério não fez nada para melhorar o ensino. Mas o que é ainda mais caricato é o argumento justificativo da ministra apresentado ontem: se as notas baixaram é devido aos media que andaram a dizer que os exames iam ser muito fáceis - confirmado, aliás,pelos alunos e por alguns professores - desmotivando os alunos para o estudo e para o trabalho.

Terminou este fim de semana a actividade na escola com a apresentação do espectáculo final com a presença do secretário Jorge Pedreira, no palco, ao lado do director, para a entrega dos diplomas aos finalistas. Não sei o que passará pela sua cabeça se é que passa alguma coisa sobre esta realidade diferente da das outras escolas, ditas regulares.

Dos cerca de 35 alunos que começaram há oito anos o seu estudo de dança apenas sete chegaram ao fim. ( Estes valores repetem-se todos os anos) Os outros foram ficando pelo caminho, com mais ou menos mágoa, por livre vontade ou forçados. Poderia ser de outro modo? Penso que sim. Se houvesse uma associação de pais verdadeiramente interessada nos educandos em geral e não apenas no seu educando-aspirante a estrela, se houvesse discussão e abertura na escola para uma sã troca de ideias.

O que se passa no país repete-se na escola.

Li no DN de ontem que a CNIPE, uma confederação independente de pais e encarregados de educação está descontente com o novo modelo de gestão das escolas. Segundo eles a participação dos pais nas escolas não saíu reforçada, como se apregoava, pois há exemplos de directores que pretendem impor a sua vontade na escolha dos pais para o conselho geral transitório.

Eu também estou descontente. A presidente da associação de pais da minha escola tem uma relação de unha com carne com a direcção. Os quatros pais que ela escolheu, penso que é mesmo esse o termo, entram mudos e saem calados só estão ali para votar como a sua presidente e o director mandam. Os dois represntantes da Câmara só apareceram uma vez. A representante da junta de freguesia critica as actuações mas vota sempre como o director quer. Os representantes do pessoal não docente é excusado dizer o que fazem, restam os três suspeitos do costume, a discutir e a votar contra. Dai-me paciência! Não sei se a vou ter para em Setembro fazer mais uma lista para o Conselho Geral, eles que se danem...é pouco cívico mas é o que merecem.

E agora, José?

Depois do manifesto dos 28 economistas e do dos 52 académicos chega agora o dos 31 economistas e empresários.
Há pelo menos cerca de 100 "cérebros"que sabem o que é melhor para o país. É só optar.

Mudam-se os tempos mudam-se as vontades...

Pina Bausch

(2003-foto de Bernd Thissen)

Quem sou eu para falar de Pina Bausch, de seu nome próprio Plilippine?

Tinha 69 anos e deixou mais pobre o mundo da dança. Começou a estudar dança aos quinze anos - espantoso! - na Folkland School em Essen. Em 1958 foi para Nova Yorque onde estudou na Julliard School e dançou no New American Ballet e no Metropolitan Opera, regressou à Alemanha em 62 para a sua escola inicial e em 73 torna-se directora e coreógrafa da Tanztheater Wuppertal, uma companhia de referência mundial, onde esteve até à sua morte.

Tenho pena de nunca tar assistido ao vivo a nenhum dos seus trabalhos das várias vezes que veio a Portugal. Quem viu diz que é inesquecível.