fevereiro 27, 2006

O especial carnaval

Na sexta-feira foi o tradicional concurso de máscaras na escola. Desta vez a direcção esteve ausente. Para o júri foram três dos meus queridos alunos que acabaram o ano passado. Digo meus queridos porque efectivamente foram os meus primeiros alunos nesta escola, há nove anos, e tive uma ligação com eles que não se repetiu com os que se têm seguido.Eram especiais. Havia cinco professores de formação geral e outros tantos do artístico, destes ninguém que eu aprecie especialmente.O Carnaval é giro para quem está dentro quem está de fora mantém o seu olhar crítico e pode não achar graça a nada. Foi quase o meu caso: miúdos trajados a rigor ou não, com adereços comprados nas lojas dos chineses ou tirados dos baús da família, um já visto; umas perfomances pseudo caricaturais de algumas situações da dança, uma imitação dos Trocaderos e de uma aula de uma professora russa...uma pobreza. Para não esquecer as duas auxiliares de acção educativa queteimam em repetir todos os anos os mesmos gags. Se as crianças não têm cultura e formação artística e geral e se os professores se alheiam das suas actividades para além das aulas que outra coisa se podia esperar? Esta escola por tudo e nada é-lhe atribuído o adjectivo de especial, falta-lhe, na verdade, algo de especial.

fevereiro 19, 2006


A casa pode estar com mau aspecto mas é linda e tem o mar mesmo ali só para ti.

Erros?

Dou apoio a um miúdo meu vizinho desde o 2º. ciclo,em matemática, agora está no 10º. ano.Até é a disciplina onde ele está mais à vontade. O seu grande problema - que também tem consequências em matemática - prende-se com a linguagem, com o entendimento de um texto. Essa questão agrava-se em Inglês. Nunca teve, um toda a sua vida de estudante, apesar de inúmeros apoios escolares e explicações, uma positiva a Inglês. Como ele deve haver outros. Como é que este aluno pode fazer o 6º. nível da língua se nunca fez nenhum anterior?Algo não bate certo... é apenas um exemplo. Não seria possível haver uma opção de Inglês diferente para casos semelhantes? Deve ser muito frustrante para o aluno e para o professor.
Bem, mas o problema agrava-se porque esta situação não caracteriza só o inglês.
Fala-se muito mas faz-se pouco.

fevereiro 12, 2006

À espera


Fechada, perdida no meio do oceano,vazia de gente e cheia de lembranças.

fevereiro 08, 2006

Tolerâncias

Que posição mais ridícula e tacanha!
"Portugal lamenta e discorda da publicação de desenhos e/ou caricaturas que ofendem as crenças ou a sensibilidade religiosa dos povos muçulmanos. A liberdade de expressão, como aliás todas as liberdades, tem como principal limite o dever de respeitar as liberdades e direitos dos outros, etc, etc..."
Eu vivo num mundo em que me posso exprimir livremente, posso publicar uma caricatura - que já é um exagero e para a qual é preciso sentido de humor-não estou a quebrar nenhuma lei. Um muçulmano já não pode dizer o mesmo mas também não pode apelar à violência contra quem não está a violar nenhuma lei.
Há ainda o aspecto referido por alguns que or cartoons foram publicados num jornal de direita. Não percebo: o que pensariam se o jornal fosse de esquerda?

fevereiro 01, 2006

M. Bachelet


É sempre bom quando vemos que alguém pensa como nós.Vem isto a propósito da questão "se há uma maneira feminina de fazer política". A minha opinião é a de que não sabemos porque até agora não há casos de mulheres eleitas democraticamente e aparecendo ao eleitorado como mulheres que tenham assumido o poder. E digo-o porque não considero que os casos que se conhecem de mulheres no poder sejam efectivamente "mulheres": são homens no seu pensamento ou então são sombras de homens. Sombras ou fantasmas dos maridos ou pais.E esta observação assenta em todos os exemplos de mulheres que têm governado por aí. É da mesma opinião o comentador da última página da revista brasileira Veja, Roberto Pompeu de Toledo. Ele acrescenta que a única mulher que quebra pela primeira vez esta situação é Michelle Bachelet,presidente agora eleita no Chile. O seu governo poderá dar alguma contribuição para a resposta à questão se há uma maneira feminina de governar. A ver vamos.