janeiro 24, 2006

Não é só na Libéria


Esta ilustração vinha no último Courrier Internacional-edição portuguesa a propósito da primeira mulher eleita democraticamente para chefiar um estado africano -Libéria.

janeiro 22, 2006

Quem espera...

Adorava que houvesse segunda volta. O Cavaco já está com 50,8%. Mas não sei se será possível, não sei se faltam apurar muitas freguesias. Mas para os comentadores parece que é certo a vitória à primeira volta. Não gostava de estar na pele do Sócrates.

janeiro 20, 2006

Conselhos

Comprei para oferecer uma agenda - O diário de Drucker. Peter Drucker é considerado o pai da Gestão. A agenda tem para cada dia uns dos seus pensamentos julgo que retirados das suas obras e artigos.Depois termina com sugestões para o dia. O do dia de ontem é interessante, diz:
"Para o indivíduo não existe uma sociedade se não tiver um estatuto e uma função social. Tem de haver uma relação funcional definida entre a vida individual e a vida em grupo. Para o indivíduo sem função e sem estatuto, a sociedade é irracional, incalculável e desconfigurada. O indivíduo "desenraizado", o banido - uma vez que a ausência de função social e de estatuto retira o homem da sociedade dos seus pares - não "vê" qualquer sociedade. Ele apenas enfrenta as forças demoníacas, metade sensíveis, metade desprovidas de significado, metade à luz do dia e metade na obscuridade, mas nunca previsíveis. Essas forças decidem sobre a sua vida e os seus meios de subsistência, sem que possa interferir, na verdade sem que possa sequer compreender essas decisões. É como um homem de olhos vendados numa sala estranha, que participa num jogo em relação ao qual não sabe as regras."
A sugestão da acção para o dia: Arrange tempo para se aproximar de alguém "desenraizado" que possa estar desempregado ou aposentado. Dê-lhe uma palavra de apoio ou leve-o a almoçar.

janeiro 15, 2006

Cada vez mais pobres


Portugal, segundo dados da Eurostat, é o país em que é maior a desigualdade entre os 20% mais ricos da população e os 20% mais pobres. A razão é de 7,4. Temos também a maior taxa de abandono escolar - 38,6% e uma das maiores percentagens de crianças pobres - 15,6%.

janeiro 11, 2006

Campanhas

Estou a ouvir o tempo de antena na SIC! Imagine-se! Umas "celebridades" desfilaram por cada candidato. Soares falou de igualdade, nomeadamente sexual. Cavaco falou da incerteza do primeiro emprego para os jovens, do futuro dos nossos filhos ao som da música "Portugal maior". Apareceram uns jovens das telenovelas da TVI,um deles afirmou pertencer à geração Cavaco,pois tudo o que se lembra de bom neste país foi feito por ele, outros afirmaram que é sinónimo de prosperidade e felicidade e que ele é audaz, capaz e competente. Louçã centrou-se no Cavaco "o político que seca tudo à sua volta como um eucalipto" (Cadilhe),foi interessante, a lembrar imagens do reinado de Cavaco - que parece esquecido. Com Louçã rigor e solidariedade. Jerónimo, o direito à esperança, falou sobre a política de direita do governo e os ataques aos direitos dos trabalhadores. Lembrou que Cavaco mente e não está inocente; votar em Jerónimo é votar em si próprio. Alegre acredita na força da cidadania contra o desalento, acredita num Portugal sem desigualdade, sem pobreza, sem injustiça. Os seus apoiantes salientaram a poesia política, o aspecto humanista e cultural da sua candidatura.
Tudo sem novidade como era de esperar...

janeiro 08, 2006

Grito


Tenho andado sem vontade de escrever: porque começou um novo ano que me parece sem esperança de ser melhor que o passado. Este comentário é ridículo pois apenas mudei de calendário. Mas embora seja pessimista tenho transmitido às pessoas amigas uma imagem contrária, pelo menos não vivo acabrunhada com o futuro e gozo com ele.
Estive a arrumar papéis, recortes de jornais e revistas. Desde 98 - só tenho a partir daí, os mais antigos já foram para a reciclagem - que há uma constante: os alunos não sabem matemática, não sabem fazer "contas", não entendem os enuniados dos problemas... Cada vez estamos pior situados nas médias europeias. Será possível que nada seja feito? Será que eu também estou a contribuir para isso? Por vezes sinto-me impotente e sem saber se estou a agir correctamente.