dezembro 18, 2005

Perder

Estou a vê-lo a chegar a casa numa dessas manhãs frias antes do Natal. Carregado com couves, agriões ou tangerinas cuja qualidade e oportunidade seria regularmente criticada. Esfregava as mãos uma na outra, depois dessa caminhada pelas hortas dos amigos:
Que briol! Mas o frio é que enrijece!
Há sete anos que estou órfã de pai.

4 comentários:

Miguel Pinto disse...

Um bom Natal, Maria!

Raquel Vasconcelos disse...

Porque ainda que o mundo
Não seja perfeito como desejaríamos
Mas cada ser humano é único
E encerra em si todo o potencial
Da humanidade…

Um Belíssimo Natal e Melhor 2006
Beijos e um Postal de Natal,
Raquel


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O Natal tem destas coisas... com o tempo trespassa-nos. Por isso gosto dos dias que são fora da data...

Rafael disse...

A descrição da cena poder-se-ía aplicar ao meu avô. Felizmente ainda "vivo", mas já não o meu avô que recordarei para sempre na minha memória.
É doloroso chorar a morte de uma pessoa ainda viva, mas é o que sinto.
Feliz Natal!

Flávio disse...

A amizade é um pobre substituto para um pai, mas aceita mesmo assim um grande beijinho meu e votos de excelente Natal, Maria. O meu pai ainda cá continua, felizmente, e oxalá que não parta tão cedo. Não consigo imaginar o Natal sem ele.

Beijinhos, Maria!