Para não me esquecer e não cometer numa aula os mesmos erros que o ministro da economia cometeu num colóquio esta semana:
Segundo uma convenção internacional de 1948, as ordens de grandeza, de mil em mil,são as seguintes
1000 = 10 ao cubo - milhar
1000 000 = 10 à sexta - milhão
= 10 à nona - milhar de milhão
= 10 à doze - bilião
= 10 à quinze- milhar de milhão
= 10 à dezoito-trilião
a partir daqui são em múltiplos de trilião. Para os americanos não é assim: o bilião é 10 elevado a nove (o nosso milhar de milhão) e o trilião é 10 à doze.
julho 26, 2005
Em verdade...
Uma pessoa começa a ler um texto de um economista para ver o que é que há-de pensar- que ainda não saiba- da crise, das intenções de investimento do governo,se o novo ministro das finanças nos vai ingloriamente esfolar , mas esqueçam daí não vão saber nada quando se trata do abominável das Neves. Desta vez até escreveu um texto inócuo sobre a Bíblia e as suas transposições para o cinema, lugares comuns como sempre. Já me estava a surpreender que os seus temas preferidos andassem arredados quando deparei com estas máximas a propósito da missão urgente de Jesus na terra, proclama que "Está em causa a nossa existência, que se escoa todos os dias sem sentido. Impõe-se premente a necessidade de dar um destino ao tempo que passa e ao eu que passa no tempo".
Tudo bem ele é daqueles infelizes que pecisam de uma muleta, o sentido, para viver mas eu e muitos outros não temos essa necessidade.Não nos martirize.
Tudo bem ele é daqueles infelizes que pecisam de uma muleta, o sentido, para viver mas eu e muitos outros não temos essa necessidade.Não nos martirize.
julho 24, 2005
O segundo gato
O Iaúca é um gato cheio de surpresas. Como dizia um senhor, num certo verão, é um gato amorável. Não bebe água no prato. Só bebe à torneira do lavatório.Põe-se em cima da sanita até que abrimos a torneira. Salta para o lavatório e deixa correr a água pela pata bebendo daí. Às vezes também utiliza o ralo da banheira para fazer as necessidades líquidas. É muito curioso: qualquer mudança em casa, ele aí está a bisbilhotar. Dorme muito como todos os gatos mas faz muita sala. Neste momento dorme, como os seus amigos, cada um no seu lugar escolhido, conforme as horas do dia. De manhã passeia pela casa e vai à janela ver como vão os pombos. De tarde vê televisão e deambula por aí e dorme na minha cama. À noite dorme com o João, o meu filho mais novo.Também gosta de brincar com bolinhas macias e bolas de papel e tem a sua hora de loucura e correria com os outros gatos.É um gato talvez feliz só não faz sexo, mas como nunca se queixou e toda a gente agradece...
julho 21, 2005
Um paraíso
Existe algures no Atlântico, na Ilha de Santa Maria,mas já não é tão paraíso como era há alguns anos. Deixou o domínio "privado" e passou a ser frequentado ,já não só por emigrantes americanos, mas por diversos europeus e até por barulhentos continentais. Acho mal por razões egoístas.Deixei quase de ter a praia só para mim. Ainda é minha só de manhã cedo, chego a ser a única pessoa. A areia é escura e macia, a água azul,transparente e à temperatura ambiente,uns vinte e tal graus. O dia termina cedo e fresco,não há sol depois das cinco, esconde-se por de trás das vinhas.
julho 19, 2005
Notáveis
Para quem ainda pudesse ter dúvidas sobre a posição da santa madre igreja,ou do douto sr. padre Feytor Pinto, ele já esclareceu, que o preservativo só se usa em caso limite, quando estiver em causa "o não matar", no caso de um parceiro estar infectado com sida. E continua: "Onde é que a Igreja é contra o preservativo? É no planeamento familiar. Não é uma proibição, a Igreja sugere, não tem o direito de proibir nada a ninguém. E uma relação protegida é mais pobre do que uma relação plena." Será que ainda defendem o famoso método das temperaturas? Ou é o coito interrompido? Sim, porque a pílula ainda menos.. O que é mesmo bom é não haver protecção. Ai o prazer...Como é que Jorge Sampaio pode achar este homem uma "figura notável"?
julho 15, 2005
Arrumações
Há vários dias que ando a ganhar coragem para uma tarefa necessária mas detestável:arrumações. Não pertenço àquele número de felizardos que têm uma casa com tantas divisões que só vêem a família quando lhes apetece, portanto estou sempre a tropeçar em humanos, em gatos e...em papéis.E quando tenho que fazer estas coisas inúteis e desgastantes, só me lembro do príncipio de um poema de Sá-Carneiro, (Quase)que, diga-se, não tem nada a ver com arrumações directamente
Um pouco mais de sol - eu era brasa.
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
É bonito.Também é triste. Consola.
Mas então hoje foi. Comecei. Já foram para a reciclagem dois sacos cheios de recortes de jornais que perderam a actualidade - continuo com esta serôdia mania de guardar opiniões e factos na era da net. Sou de outros tempos. Mas não resisto ao som de uma tesoura no Público e no DN,ou em revistas, ao ritual de guardar o pedaço de papel numa capa à espera de ser eventualmente utilizado. É perder tempo porque não irei fazer nada até olhar para ele para o deitar fora e às vezes perguntar o que é que eu queria fazer com aquilo.
Um pouco mais de sol - eu era brasa.
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
É bonito.Também é triste. Consola.
Mas então hoje foi. Comecei. Já foram para a reciclagem dois sacos cheios de recortes de jornais que perderam a actualidade - continuo com esta serôdia mania de guardar opiniões e factos na era da net. Sou de outros tempos. Mas não resisto ao som de uma tesoura no Público e no DN,ou em revistas, ao ritual de guardar o pedaço de papel numa capa à espera de ser eventualmente utilizado. É perder tempo porque não irei fazer nada até olhar para ele para o deitar fora e às vezes perguntar o que é que eu queria fazer com aquilo.
julho 11, 2005
Um despedimento
Um jornalista do Diário de Notícias funchalense foi despedido por ter publicado posts no seu blogue que, segundo a empresa, difamavam colegas de trabalho e superiores hierárquicos e atingiam a imagem da empresa e do jornal. Parece que já não se podem expressar livremente opiniões e críticas no entender do visado( também dirigente sindical) e do Sindicato que consideram o despedimento uma perseguição.
Na Madeira tudo parece ser possível.
Na Madeira tudo parece ser possível.
julho 07, 2005
Hoje
Não costumo ouvir rádio.Mas há pessoas que mal se levantam da cama, ainda mesmo antes de olhar para o relógio, já estão de aparelho na mão. Portanto, hoje ao chegar a casa depois de ir à padaria fizeram-me a pergunta habitual:
-Sabes o que vai pelo mundo?
-Não nem me interssa ( digo sempre isto para o irritar).
-Ah! É incrível! Como é que alguém pode levantar-se,ir à rua e não estar interessado no que pode estar a acontecer!Pode morrer o Sócrates, o PR... Então não sabes o que aconteceu em Londres?
-Não. O que foi?
-Agora não te digo.
E fiquei irritada, porque não me disse mesmo...nos primeiros quinze minutos.
Quando ia a sair de casa, para eu pensar nos perigos que me espreitam,cidadã não prevenida, que detesta ser informada pela TSF sobre as mazelas deste e do outro mundo,lá me contou sobre o atentado terrorista. Podia ter sido aqui.
-Sabes o que vai pelo mundo?
-Não nem me interssa ( digo sempre isto para o irritar).
-Ah! É incrível! Como é que alguém pode levantar-se,ir à rua e não estar interessado no que pode estar a acontecer!Pode morrer o Sócrates, o PR... Então não sabes o que aconteceu em Londres?
-Não. O que foi?
-Agora não te digo.
E fiquei irritada, porque não me disse mesmo...nos primeiros quinze minutos.
Quando ia a sair de casa, para eu pensar nos perigos que me espreitam,cidadã não prevenida, que detesta ser informada pela TSF sobre as mazelas deste e do outro mundo,lá me contou sobre o atentado terrorista. Podia ter sido aqui.
julho 04, 2005
Querido Bambi
Estive a ler um artigo da última Veja "En la tierra de Bambi" de Ruth Costas. Não sabia que a imprensa chamava Bambi ao Zapatero por ele ter um geito meigo como o Bambi.O artigo refere a "obstinação, por vezes quixotesca, com a qual ele tenta impor uma revolução de costumes e valores à sociedade espanhola"contrária à doçura do herói de Disney". Isto a propósito da legalização do casamento gay, chegando mais longe que outros países ao chamar-lhe "matrimônio" e permitindo a adopção de crianças por casais gays. Para a jornalista isto poderá ser um problema porque ,segundo ela, a Espanha que "está sendo criada nos gabinetes do governo pode estar um tanto à frente da Espanha real, formada por gente que nem sempre vê as mudanças como bons ventos de modernidade. Além disso algumas medidas abeiram o absurdo.Um exemplo é a aprovação parlamentar de uma emenda ao Código Civil que obriga os casais a dividir as responsabilidades domésticas.Criada para acabar com a praga dos maridos que não levantam um dedo para ajudar as mulheres nas tarefas de casa, a cláusula fez com que lavar, passar e cozinhar se tornassem deveres reconhecidos por lei em Espanha."
Mais à frente comenta que "sempre que as leis caminham muito mais rápido que as ideias e os costumes da sociedade que pretendem regular, tendem a ser ignoradas ou a gerar polémica, dividindo a população em grupos pró e contra as mudanças". Termina com a afirmação de um sociólogo espanhol, Victor Sampedro:"Não adianta os projectos do governo serem politicamente correctos. O que interessa é saber se vão ser socialmente efectivos e se os espanhóis estão preparados para colocá-los em prática".
Tudo isto fez-me lembrar velhas discussões, nomeadamente se se deve esperar que as mentalidades mudem para fazer uma determinada lei ou, sabendo como as mentalidades são difíceis de mudar, se não se deve começar antes por aí. Por outro lado estas ideias de mudança não existem só na cabeça do Zapatero . Há muito que existe um movimento reivindicativo- poderão dizer que é minoritário?-a que estas leis vêm dar resposta. Claro que ter uma lei muito avançada sem ser eficazmente regulamentada, e que não é acompanhada por movimentações, por esclarecimentos da população poderá resultar em fracasso por as pessoas não estarem a sentir as mudanças como necessárias.
Mas não é por a lei estar à frente das ideias conservadoras da população que esta ficará dividida em grupos pró e grupos contra, isso acontece com tudo porque, felizmente, as pessoas não pensam todas de mesmo modo, mas se há uma lei deve ser cumprida enquanto não for alterada.
Mais à frente comenta que "sempre que as leis caminham muito mais rápido que as ideias e os costumes da sociedade que pretendem regular, tendem a ser ignoradas ou a gerar polémica, dividindo a população em grupos pró e contra as mudanças". Termina com a afirmação de um sociólogo espanhol, Victor Sampedro:"Não adianta os projectos do governo serem politicamente correctos. O que interessa é saber se vão ser socialmente efectivos e se os espanhóis estão preparados para colocá-los em prática".
Tudo isto fez-me lembrar velhas discussões, nomeadamente se se deve esperar que as mentalidades mudem para fazer uma determinada lei ou, sabendo como as mentalidades são difíceis de mudar, se não se deve começar antes por aí. Por outro lado estas ideias de mudança não existem só na cabeça do Zapatero . Há muito que existe um movimento reivindicativo- poderão dizer que é minoritário?-a que estas leis vêm dar resposta. Claro que ter uma lei muito avançada sem ser eficazmente regulamentada, e que não é acompanhada por movimentações, por esclarecimentos da população poderá resultar em fracasso por as pessoas não estarem a sentir as mudanças como necessárias.
Mas não é por a lei estar à frente das ideias conservadoras da população que esta ficará dividida em grupos pró e grupos contra, isso acontece com tudo porque, felizmente, as pessoas não pensam todas de mesmo modo, mas se há uma lei deve ser cumprida enquanto não for alterada.
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