Aparentemente algo parece ter mudado na nova posição da ministra. Acossada por todos os lados tinha que dizer alguma coisa que serenasse os espíritos de gregos e troianos.
- Quanto à questão do reflexo do insucesso dos alunos na avaliação dos professores: ao retirar esse aspecto e a sua quantificação bem como a do abandono escolar, irá contentar muita gente. ( Mas será que não há também um contributo dos professores para essa situação?)
- Quanto à questão da avaliação de um professor por outro da mesma área: é interessante mas não sei se é possível em todas as escolas. (Por exemplo na minha , só é possível nos departamentos de Línguas e Humanidades.)
- Quanto à sobrecarga de trabalho diminuir, penso que só para os avaliadores:não me pronuncio porque não tenho dados.
- Quanto à observação de aulas diminuir de 3 para 2: na prática a alteração não será significativa pois a sua manutenção é condição para quem queira ter Muito Bom e Excelente visto influenciar a progressão na carreira e a posição em futuros concursos.
- Quanto à diminuição de horário dos avaliadores: não está clarificado o modo como será feita nesta altura do ano.
- Em resumo pouco se alterou.
- Resta agora ver em que se traduz a tal simplificação da burocracia excessiva, para a qual não tenho dados, nem da anterior nem da prometida.
Quanto a mim a questão fundamental não está só nos pontos referidos: o problema começa com a distinção entre Titulares e Professores e a insatisfação que esse processo provocou em termos de injustiças, a fixação de quotas para aceder às classificações superiores fixadas externamente e o conflito entre avaliadores e avaliados concorrentes às mesmas quotas.
Parece-me assim que as "novas" da ministra são poeira para os olhos de alguns que poderão não a querer afastar.
Sem comentários:
Enviar um comentário