Muito se tem dito e escrito nestes últimos dias sobre o que aconteceu numa aula numa escola secundária do Porto, filmado pelo telemóvel de um aluno e divulgado no YouTube. Há de tudo. Desde os que consideram que o erro é da professora, porque foi incompetente a lidar com a situação e não se deu ao respeito, aos que acham que o mal é dos pais que não dão educação aos filhos, aos que acham que a culpa é dos sucessivos governos que deixaram a educação chegar a um ponto ingovernável.
Quanto a mim, que sou uma pessoa conciliadora, acho que todos têm razão.
Há uma falta de autoridade e respeito para onde quer que nos viremos. Vemos isso a toda a hora nos noticiários televisivos: todos se agridem em termos vulgares.
Mas falemos só na (má)educação. Começa pela ministra no modo como trata os professores - ou na imagem que fica desse tratamento - e na legislação que vai fabricando, continua no modo como os professores a tratam e no que fica como imagem desse destratamento.
Para não falar em causas mais profundas , bastam estes dois factos para se esperar alguma consequência nas escolas.
Eu não me sinto bem junto dos meus alunos quando sou depreciada pelo Ministério e pelos jornalistas, mas também não me sinto bem quando os professores entrevistados sobre as razões da sua luta não sabem dizer mais do que a ministra é mentirosa e deve demitir-se.
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