"Se uma mulher tem sucesso numa profissão diz-se que é uma mulher de "barba rija". Quando tem uma posição de liderança diz-se que é quem "veste as calças" em casa. Os exemplos da "norma do masculino" que ainda vigora na sociedade em geral, e em particular nas hierarquias da comunidade científica, animaram o debate sobre as dificuldades das mulheres cientistas, os entraves à progressão na carreira e o status quo de alguns investigadores seniores, pouco abertos às investidas femininas. O objectivo do Colóquio "A Mulher na Ciência: Responsabilidade Social e Espaços de Poder", que decorreu esta manhã na reitoria da Universidade Técnica de Lisboa, era consciencializar a comunidade científica para a necessidade de aumentar a participação das mulheres nas decisões e na gestão das instituições científicas.De acordo com os participantes, a discriminação das mulheres na ciência tem a ver sobretudo com os processos de manutenção do poder na hierarquia científica. Helena Pereira, vice-reitora da Universidade Técnica de Lisboa e Arménia Carrondo, vice-reitora da Universidade Nova Lisboa, revelaram dados relativos à distribuição por género nos quadros superiores das duas instituições. Segundo as responsáveis, não se percebe por que há uma maioria feminina ao nível dos diplomados no ensino superior e na distribuição por género nos quadros de gestão se verifica uma muito menor percentagem de mulheres ou até nenhuma mulher.
março 19, 2008
Há quantos anos oiço isto?
"Se uma mulher tem sucesso numa profissão diz-se que é uma mulher de "barba rija". Quando tem uma posição de liderança diz-se que é quem "veste as calças" em casa. Os exemplos da "norma do masculino" que ainda vigora na sociedade em geral, e em particular nas hierarquias da comunidade científica, animaram o debate sobre as dificuldades das mulheres cientistas, os entraves à progressão na carreira e o status quo de alguns investigadores seniores, pouco abertos às investidas femininas. O objectivo do Colóquio "A Mulher na Ciência: Responsabilidade Social e Espaços de Poder", que decorreu esta manhã na reitoria da Universidade Técnica de Lisboa, era consciencializar a comunidade científica para a necessidade de aumentar a participação das mulheres nas decisões e na gestão das instituições científicas.De acordo com os participantes, a discriminação das mulheres na ciência tem a ver sobretudo com os processos de manutenção do poder na hierarquia científica. Helena Pereira, vice-reitora da Universidade Técnica de Lisboa e Arménia Carrondo, vice-reitora da Universidade Nova Lisboa, revelaram dados relativos à distribuição por género nos quadros superiores das duas instituições. Segundo as responsáveis, não se percebe por que há uma maioria feminina ao nível dos diplomados no ensino superior e na distribuição por género nos quadros de gestão se verifica uma muito menor percentagem de mulheres ou até nenhuma mulher.
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