Parece que aquela ideia romântica de estudar pelo gosto de saber já não pega. O quadro de excelência ,o diploma ou a medalha também é pouco motivador. O que é que realmente faz mover o mundo? O dinheiro. Se estudares e tiveres boas notas aumentamos a mesada, isto que nós fazemos entre paredes na doçura do lar, já o fazem escolas e governos por esse mundo fora. ver
março 28, 2008
Os Trabalhadores não pagam seguro automóvel
Confesso que este anúncio me intrigava. Estes cinco "homens de negro", engravatados e encoletados, a espreitar ameaçadoramente em algumas ruas por onde tenho passado deixavam-me perplexa pois não compreendia a mensagem. Devia ser esse o objectivo. Só hoje é que, com mais atenção, viu a referência ao Montepio. Pois é muito simples: é um anúncio à abertura de uma conta ordenado do Montepio.
Porque é que os bancos nos estão sempre a deitar poeira para os olhos?
março 26, 2008
Doisneau
Má educação :Isto tudo só em 32 anos!
Nove nomes diferentes para o Ministério
Dezanove ministros diferentes
Ministros PSD: 20 anos, 11 meses, 18 dias
Ministros PS: 10 anos, 8 meses, 27 dias
(no castendo )
Má educação :Isto tudo só em 32 anos!
Nove nomes diferentes para o Ministério
Dezanove ministros diferentes
Ministros PSD: 20 anos, 11 meses, 18 dias
Ministros PS: 10 anos, 8 meses, 27 dias
(no castendo )
março 25, 2008
Má educação
Muito se tem dito e escrito nestes últimos dias sobre o que aconteceu numa aula numa escola secundária do Porto, filmado pelo telemóvel de um aluno e divulgado no YouTube. Há de tudo. Desde os que consideram que o erro é da professora, porque foi incompetente a lidar com a situação e não se deu ao respeito, aos que acham que o mal é dos pais que não dão educação aos filhos, aos que acham que a culpa é dos sucessivos governos que deixaram a educação chegar a um ponto ingovernável.
Quanto a mim, que sou uma pessoa conciliadora, acho que todos têm razão.
Há uma falta de autoridade e respeito para onde quer que nos viremos. Vemos isso a toda a hora nos noticiários televisivos: todos se agridem em termos vulgares.
Mas falemos só na (má)educação. Começa pela ministra no modo como trata os professores - ou na imagem que fica desse tratamento - e na legislação que vai fabricando, continua no modo como os professores a tratam e no que fica como imagem desse destratamento.
Para não falar em causas mais profundas , bastam estes dois factos para se esperar alguma consequência nas escolas.
Eu não me sinto bem junto dos meus alunos quando sou depreciada pelo Ministério e pelos jornalistas, mas também não me sinto bem quando os professores entrevistados sobre as razões da sua luta não sabem dizer mais do que a ministra é mentirosa e deve demitir-se.
março 19, 2008
Há quantos anos oiço isto?
"Se uma mulher tem sucesso numa profissão diz-se que é uma mulher de "barba rija". Quando tem uma posição de liderança diz-se que é quem "veste as calças" em casa. Os exemplos da "norma do masculino" que ainda vigora na sociedade em geral, e em particular nas hierarquias da comunidade científica, animaram o debate sobre as dificuldades das mulheres cientistas, os entraves à progressão na carreira e o status quo de alguns investigadores seniores, pouco abertos às investidas femininas. O objectivo do Colóquio "A Mulher na Ciência: Responsabilidade Social e Espaços de Poder", que decorreu esta manhã na reitoria da Universidade Técnica de Lisboa, era consciencializar a comunidade científica para a necessidade de aumentar a participação das mulheres nas decisões e na gestão das instituições científicas.De acordo com os participantes, a discriminação das mulheres na ciência tem a ver sobretudo com os processos de manutenção do poder na hierarquia científica. Helena Pereira, vice-reitora da Universidade Técnica de Lisboa e Arménia Carrondo, vice-reitora da Universidade Nova Lisboa, revelaram dados relativos à distribuição por género nos quadros superiores das duas instituições. Segundo as responsáveis, não se percebe por que há uma maioria feminina ao nível dos diplomados no ensino superior e na distribuição por género nos quadros de gestão se verifica uma muito menor percentagem de mulheres ou até nenhuma mulher.
março 15, 2008
Estive a ler algumas passagens do sempre interessante notas ( só é pena ter tanto texto em inglês), em especial as dedicadas à Educação. Transcrevo algumas curiosas linhas de um citado artigo de Miguel Castro Coelho num Diário Económico já passado.
"Dizem os estudos da economia da Educação que a “produção” de alunos de qualidade depende, em primeiro lugar, do nível socio-económico do aluno, e em segundo lugar, da qualidade dos professores. Um estudo recente da Universidade de Bristol sugere que a qualidade dos professores conta cerca de um terço da qualidade do aluno (incluídos os tais factores socio-económicos) para a “produção” de alunos de qualidade – uma estimativa que está, de resto, em linha com os resultados de outros estudos internacionais. Se se tiver em conta, contudo, que a qualidade de cada professor afecta vinte ou trinta alunos por cada turma, fica-se com uma ideia da importância desta variável para a qualidade global do sistema de ensino.
Perante isto, é conhecido o modelo do Ministério da Educação para estimular docência de qualidade: forçar sobre cada escola um regime de avaliação de professores uniforme, desenhado ao pormenor a partir do centro. Por outras palavras, um exercício de micro-gestão ao pior estilo ex-URSS; o exemplo acabado de centralização descontextualizada; e a prova de que está vivo o tradicional espírito legalista português, segundo o qual no mundo tudo se transforma por lei ou decreto-lei (pena é que, tal como na física, também por esta via nada se perca e nada se crie…).
O que, de facto, devia ter sido feito: (I) intervir a montante no recrutamento de professores (reservar o acesso a cursos específicos de formação de professores a candidatos com curriculum universitário de topo, capacidade de relacionamento interpessoal, comunicação, vontade de aprender e ensinar, excepcionais); (II) descentralizar a gestão do corpo docente para o nível da escola, e avaliar a ‘performance’ das escolas (e não dos professores) a partir do centro (i.e. do Ministério da Educação). Por outras palavras, transferir a capacidade de gerir a qualidade do corpo docente para gestores escolares profissionais (professores ou não), recrutados e responsabilizados pelos resultados do processo de avaliação das escolas a partir do centro.Para conseguir fazer uma avaliação objectiva do desempenho de cada escola por comparação com escolas congéneres, o Ministério da Educação tem que se tornar num ‘hub’ de informação sobre todo o sistema.
A má notícia é que está muito longe de o ser. Num projecto-piloto que abrangeu 100 escolas (Avaliação Externa das Escolas – Relatório Nacional 2006-2007, publicado a 27/02/2008) a Inspecção-Geral da Educação (um dos braços do Ministério da Educação) não conseguiu sequer reunir informação fiável sobre o contexto socio-económico das escolas… tão só e somente aquele que é, indiscutivelmente, o factor mais importante a ter em conta na avaliação do desempenho das escolas. Pior do que isto, só mesmo o caminho analítico que o relatório adopta: o da prosa oca, com ares pseudo-técnicos, muito similar ao da consultoria privada desinformada.
Em vez de tentar ensinar as escolas a avaliar professores, o Ministério da Educação devia esforçar-se por aprender a avaliar as escolas. A esse respeito, o trabalho até agora feito é de nível profundamente medíocre. Sei que há no país especialistas na matéria com créditos firmados ao nível internacional. Trabalho no meio e já perdi a conta ao número de excelentes artigos académicos publicados por portugueses em jornais internacionais de referência. Mais surpreendente é que algumas dessas pessoas trabalham para o próprio Estado (mais concretamente, estão no Banco de Portugal). A peça que falta no ‘puzzle’ é vontade de fazer uso dos melhores recursos do país."
Perante isto, é conhecido o modelo do Ministério da Educação para estimular docência de qualidade: forçar sobre cada escola um regime de avaliação de professores uniforme, desenhado ao pormenor a partir do centro. Por outras palavras, um exercício de micro-gestão ao pior estilo ex-URSS; o exemplo acabado de centralização descontextualizada; e a prova de que está vivo o tradicional espírito legalista português, segundo o qual no mundo tudo se transforma por lei ou decreto-lei (pena é que, tal como na física, também por esta via nada se perca e nada se crie…).
O que, de facto, devia ter sido feito: (I) intervir a montante no recrutamento de professores (reservar o acesso a cursos específicos de formação de professores a candidatos com curriculum universitário de topo, capacidade de relacionamento interpessoal, comunicação, vontade de aprender e ensinar, excepcionais); (II) descentralizar a gestão do corpo docente para o nível da escola, e avaliar a ‘performance’ das escolas (e não dos professores) a partir do centro (i.e. do Ministério da Educação). Por outras palavras, transferir a capacidade de gerir a qualidade do corpo docente para gestores escolares profissionais (professores ou não), recrutados e responsabilizados pelos resultados do processo de avaliação das escolas a partir do centro.Para conseguir fazer uma avaliação objectiva do desempenho de cada escola por comparação com escolas congéneres, o Ministério da Educação tem que se tornar num ‘hub’ de informação sobre todo o sistema.
A má notícia é que está muito longe de o ser. Num projecto-piloto que abrangeu 100 escolas (Avaliação Externa das Escolas – Relatório Nacional 2006-2007, publicado a 27/02/2008) a Inspecção-Geral da Educação (um dos braços do Ministério da Educação) não conseguiu sequer reunir informação fiável sobre o contexto socio-económico das escolas… tão só e somente aquele que é, indiscutivelmente, o factor mais importante a ter em conta na avaliação do desempenho das escolas. Pior do que isto, só mesmo o caminho analítico que o relatório adopta: o da prosa oca, com ares pseudo-técnicos, muito similar ao da consultoria privada desinformada.
Em vez de tentar ensinar as escolas a avaliar professores, o Ministério da Educação devia esforçar-se por aprender a avaliar as escolas. A esse respeito, o trabalho até agora feito é de nível profundamente medíocre. Sei que há no país especialistas na matéria com créditos firmados ao nível internacional. Trabalho no meio e já perdi a conta ao número de excelentes artigos académicos publicados por portugueses em jornais internacionais de referência. Mais surpreendente é que algumas dessas pessoas trabalham para o próprio Estado (mais concretamente, estão no Banco de Portugal). A peça que falta no ‘puzzle’ é vontade de fazer uso dos melhores recursos do país."
março 14, 2008
O PS não pára a bem da nossa saúde.
Desta vez é um projecto de lei que proibe a aplicação de “piercings”, tatuagens e de maquilhagem permanente a menores . Ao que parece os "piercings" na língua ficariam totalmente proíbidos em qualquer idade.
A ideia de definir as condições de higiene e segurança, em que tais operações se fazem, até acho necessária. Proibir é que não sei se será assim tão bom. Eu fiz essa "proibição" aqui em casa aos adolescentes de então e o resultado foi o que se viu - fizeram o que lhes apeteceu. Claro que a minha palavra não tem força de lei, mas mesmo assim...
Embora ache estranho que uma pessoa goste de se torturar, ou enfeitar irreversivelmente, se o quiser fazer é lá com ela. Será que o Estado tem o direito de chegar a este ponto da esfera pessoal?
Desta vez é um projecto de lei que proibe a aplicação de “piercings”, tatuagens e de maquilhagem permanente a menores . Ao que parece os "piercings" na língua ficariam totalmente proíbidos em qualquer idade.
A ideia de definir as condições de higiene e segurança, em que tais operações se fazem, até acho necessária. Proibir é que não sei se será assim tão bom. Eu fiz essa "proibição" aqui em casa aos adolescentes de então e o resultado foi o que se viu - fizeram o que lhes apeteceu. Claro que a minha palavra não tem força de lei, mas mesmo assim...
Embora ache estranho que uma pessoa goste de se torturar, ou enfeitar irreversivelmente, se o quiser fazer é lá com ela. Será que o Estado tem o direito de chegar a este ponto da esfera pessoal?
março 09, 2008
março 04, 2008
março 01, 2008
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