fevereiro 01, 2008

Os trabalhos de amor são os mais leves
de quantos algum dia pratiquei
na cama as alegrias fazem lei
e se me queixo é só de serem breves
.
eu vivo atado às tuas mãos suaves
num nó de que este corpo já não sai
ferve o arco do sol a tarde cai
ardem voando pelo céu as aves
.
mágoas outrora muitas fabriquei
e em países salobros jornadeei
ao dorso das tristezas almocreves
.
a vez em que te amei um outro fui
comigo fiz a paz nada mais dói
e os trabalhos de amor nunca são graves
.
( Fernando Assis Pacheco,23-12-93 , em Respiração Assistida)

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