Inés Sastre em A cidade perdida
Ontem vi um filme na televisão sobre Cuba, realizado e também interpretado por Andy Garcia, em 2005,The lost City. Deduzi que o Andy seria cubano e confirmei que fugiu de Cuba com a família quando tinha cinco anos de idade.
É a história de uma família que vive em Havana nos anos 50 nas vésperas da revolução de Fidel de Castro e que acaba destruída. O pai é um professor universitário pacifista que acredita que os problemas socias devem ser resolvidos sem violência e democraticamente. O filho mais velho, dono de um clube nocturno, pensa do mesmo modo. Os outros dois irmãos são simpatizantes da revolução, um acaba assassinado ainda no tempo do ditador Batista, outro suicida-se ao ver que a sua militância destruíu a família. O mais velho acaba por sair para Nova Yorque.
O filme é bonito, as paisagens, a música, feito com saudade.
O que achei curioso foi a figura de Guevara. Aparece como um menino birrento, trocista e assassino. E na sociedade que surge apenas parece ter havido uma troca de lugares no poder : quer o ditador Batista quer o ditador Guevara dirão o mesmo- o fim justifica os meios - e as perseguições e torturas serão do mesmo tipo - ou és por mim ou és contra mim.
E pensar eu que já tive romanticamente uma foto do Che no meu quarto...
1 comentário:
(H)ora Viva!
O Che na parede do quarto, porque não? Um herói romântico fica sempre bem próximo da lugar dos sonhos.
O problema das grandes utopias políticas foi sempre a sua incapacidade de se adequarem ao sonho dos seres humanos, às grandezas e misérias da condição humana.
Posto isto, até Fidel Castro, se tivesse morrido jovem, podia figurar ao lado de Che.
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