Olho sempre com desconfiança para os títulos da primeira página dos jornais. Não sou só eu. O António Barreto no domingo passado, no Público dizia a certa altura a propósito:
..."Como engano deve haver nas notícias que nos dizem que a ministra quer que os professores cumpram oito horas de aulas por dia. Oito vezes cinco dias, temos quarenta horas de aulas por semana. A que se devem acrescentar as horas de reunião de turma e de escola, as horas de recepção de alunos e pais, as horas de revisão de testes e de exames, as horas de substituição de professores e as horas de acompanhamento de estudo e trabalho, sem esquecer evidentementa as horas de preparação de aulas. Pensar que isto é possível ou que deve ser feito releva de uma mente definitivamente descolada da realidade. Desafio qualquer ser humano a cumprir este horário! Creio que nem sequer vale a pena fazer mais contas ou argumentar. Não quero acreditar. Deve haver engano."
Cá para mim isto só pode ser o reconhecimento da ministra de que somos geniais e com infinitas capacidades de resposta e de trabalho. Admita senhora ministra.
2 comentários:
E cá para mim esta senhora ministra até começou bem, não me repugna que o nosso empregador - o Estado - seja exigente com aqueles a quem paga salário. Mas entretannto noto que a senhora ministra está a caminhar para o despotismo, completamente alheada dos seus e dos nossos limites, parecendo ignorar o que seja a docência. Sinto-me enganado, porque cheguei a acreditar.
Já agora, lendo também os posts posteriores, compete-me felicitar a autora e reconhecer que este "Horas Vivas" é cada vez mais um blogue que levanta questões relevantes. Obrigado.
> Roteia.
Obrigada, mas estás exagerando...
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