abril 25, 2005

Não tem título

Acabei de fazer a declaração do IRS. Foi uma trabalheira,claro que as coisas chatas ficam para mim. Juntar aqueles papéis todos, separá-los por categorias, somá-los e depois aventurar-me no mundo das declarações electrónicas, é duro. Mas ainda não enviei, estou à espera que surjam mais recibos perdidos sabe-se lá onde...
Também li um livro,uma história policial com mensagem ecológica, escrita por um chileno,Os filhos de Simenon ( é um gato com quem vive e conversa o detective).Lê-se.
Que mais fiz eu além de uma carne assada que ficou dura mas desfazendo-se ao contrário do corte? Meditei. E descobri que tenho que estudar física para perceber muita coisa.
Ah,também embirrei com os elementos do agregado familiar.

abril 23, 2005


Ainda falta um Posted by Hello

Sábado

O fim de semana não está nada bom para quem esperava apanhar sol, não era o meu caso. É mau para esses mas é bom para o país, os nossos campos agradecem.Também está bom para ir ao cinema e à festa da música. Não,eu não vou a lado nenhum. Sou muito caseira, estou muito doméstica. Vou ler e talvez ver um filme policial se a TV fizer a graça de tranmitir algum de que eu não conheça o fim. Estou naquela fase da vida em que as mulheres costumam ficar deprimidas: os filhos saem de casa, já não têm idade para os levarmos ao jardim - o que era uma seca às vezes - ou aos museus. Fica-se com o marido mas não apetece estar com ele... enfim, estamos entregues a nós próprias finalmente, mas ainda não sabemos o que fazer com esse tempo.

abril 20, 2005

Leituras

Estou a ouvir pela segunda vez uma entrevista com o Frederico Lourenço, penso que é na Antena2. Quando a ouvi a primeira vez,ia no carro e não sabia quem ele era, além do que ele próprio afirma aí: é professor universitário,é tradutor de grego, de Homero e diz que é homossexual. Mais tarde li o seu livro "Amar não acaba". As minhas raízes de proletária levam-me sempre a ter uma atitude,digamos, preconceituosa, em relação aos elementos das classes altas e burguesas. Talvez seja injusta, mas custa-me vencer esta tendência para "denegrir", deitar a baixo , criticar quem acho que teve tudo. Portanto ainda não sei se gosto dele.Mas não gosto de o ouvir falar, tem um tique no fim das frases, respira ou aspira ruidosamente.Queria sentir-se inteiro, diz ele no livro e agora, afirma, já se sente mais do que quando escreveu o livro. O livro é interessante, autobiográfico, o que me levou a lê-lo foi a afirmação da sua homossexualidade.Curiosidade.

abril 15, 2005

Mais uma semana

Afinal as duas árvores que julgava mortas, estão vivas. Uma já tem folhas há duas semanas e a outra começou a ter hoje, no alto. Estava enganada. Acontece às vezes, reconheço.Aí vem mais um desanimador fim-de-semana em que ficarei envolvida em tachos, roupas e papéis, tendo umas horas de descanso, de manhã, enquanto os outros dormem. Também durmo, mas o meu ritmo é diferente: sou da velha guarda "do deitar cedo e cedo erguer". Também se não fosse assim, o caos instalava-se.
Tenho sempre projectos para o fim-de-semana: ler um livro ou artigo adiado, arrumar os meus papéis, preparar aulas de maneira diferente. Umas faço, outras não.
Vamos ver se cumpro o essencial, para me sentir melhor durante a semana:objectivos modestos.

abril 09, 2005

Mortes

Nas últimas semanas só se falou em mortes. Primeiro foi o caso da americana Terri Schiavo- uma maneira cruel de morrer que teria sido suavizada se assumissem a eutanásia. A seguir veio o Papa. E aqui falam na sua maneira política de morrer, mostrando o sofrimento e a frágil condição humana. Chovem revistas, jornais, programas televisivos sobre a vida e os feitos do Papa. Quanto a mim, tirando a condenação do comunismo e, talvez a condenação- tenho dúvidas- da intervenção americana no Iraque, pouco vi que me tenha agradado. A recordação do papa, para mim, profunda ateia, virá sempre ligada ao ultra conservadorismo da Igreja em relação às mulheres e à sexualidade.
Para fechar a semana ainda tivemos a morte do Rainier,figura envolta por um certo romantismo e conto de fadas. Agora do Papa falar-se-á até existir sucessor.
Hoje fala-se do casamento do príncipe Carlos com a sua Camila, ao fim de trinta anos de espera.E já estamos em directo de Windsor. É triste ser uma figura pública, tenho "pena" deles.