Há mais de 30 anos que não ia à minha terra. Entendendo como tal o sítio onde nasci e onde passava as férias de verão na infância.
Foi bom reconhecer os locais que tinha guardado como que numa gaveta da minha cabeça.
A casa onde moravam os meus avós, agora transformada numa instituição de servicos públicos, talvez a câmara. De lá procurar o caminho para o castelo que eu segui mecanicamente, como se todos os dias o fizesse.
E a rua da minha tia, a janela manuelina próxima . O largo onde paravam as camionetas. O café da esquina embora transformado, de acordo com os gostos dos tempos.
Descer a rua a seguir ao largo até virar à esquerda à casa de outra tia. Esta não encontrei, talvez perdida na nebulosidade das memórias. O jardim no rossio irreconhecível, perto de outra casa de tios.. Tudo lá estava como num saco de recordações.
Não consegui encontrar a casa onde nasci. Julgo que desaparecida numa rede de estradas a bem da comunicação e da comunidade. Mas era bem bonita.
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