Ando a ler (reler?) a "conta-corrente" 2 do Vergílio Ferreira.Porque li umas referências num artigo da Helena Matos e fiquei com curiosidade. Nunca fui muito dada à leitura de diários ,mas acho que tenho sido estúpida. É interessante e ficamos com uma diferente impressão de nós, para melhor ou para pior.
Nesta altura, VF preocupa-se com a idade e com a morte, por exemplo. Também penso às vezes na idade e em ser professora "de idade". Transcrevo estes parágrafos:
E uma vez mais eu reflecti que entre os requisitos que um jovem exige de um professor não está só o saber e o ser justo: está ainda a qualidade fundamental de não estar muito usado.Não se trata apenas de não parecer velho: trata-se de o não ser. O parecê-lo sem o ser não é grande inconveniente. O inconveniente começa quando o professor não é já viável no seu círculo de relações.
Não percebo o que ele quer dizer com o último parágrafo.
Hoje em dia não parecemos tão velhos quanto somos mas a idade também deixou de ter aquele significado louvável de saber acumulado, assim é difícil sentirmo-nos totalmente bem num mundo que glorifica o novo.
Hoje em dia não parecemos tão velhos quanto somos mas a idade também deixou de ter aquele significado louvável de saber acumulado, assim é difícil sentirmo-nos totalmente bem num mundo que glorifica o novo.
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