Agora que as eleições americanas estão quase a chegar ao ponto final fala-se muito do "efeito Bradley". Eu não sabia, mas agora já sei o que é: numas eleições para governador da Califórnia, em 1982, havia um candidato de seu nome Bradley, que era negro. As sondagens davam-lhe a vitória mas, no momento do voto, tudo ficou esclarecido: os eleitores não queriam um negro para o lugar. Quando votaram ,longe dos olhares críticos dos politicamente correctos, foram realmente sinceros e disseram o que, em público, não tinham corajem de dizer.
Na minha escola, mutatis mutantis, nem no momento do voto secreto, os eleitores são sinceros. Os meus colegas acham que o Conselho Executivo lhes lê o pensamento quando estão a desenhar a cruz, mais ou menos como uma mulher cometendo uma infidelidade que ao ir ter com o marido pensa que está estampado na cara o que acabou de fazer.
E ainda dizem que é possível a democracia nas escolas...
Sem comentários:
Enviar um comentário