O debate sobre a avaliação dos professores anda por aí. Estas ideias vieram no blasfémias:
Avaliar sim, mas não assim
Lendo o que os professores (e não só) vão escrevendo nos blogs e nos jornais concluo que:
a) todos são a favor da avaliação;
b) mas ninguém é a favor "desta avaliação".
"Esta avaliação" é qualquer tipo de avaliação que esteja a ser discutida num dado momento. Assim, a avaliação não pode ser feita pelos pais (são incompetentes e interesseiros), nem pelas notas de exame (não entram em conta com o meio socio-económico), nem pela burocracia do ministério (a máquina é pesada e cega). Não pode ser feita por mecanismos de mercado (a educação não é uma mercadoria) nem pelo coordenador de departamento (amiguismo) nem pelo conselho executivo (nepotismo). Não pode ser feita por exame de admissão à entrada da profissão (estariamos a desconfiar das universidades públicas) nem por provas de doutoramento (as universidades baixariam os critérios de exigência para conseguir clientes). Curiosamente, o sistema de avaliação que reúne mais consenso é o actual.
JoaoMiranda
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