abril 25, 2006
Passaram uns anos
Há trinta e dois anos acordei tarde para ir trabalhar. Ainda não era professora nem sonhava vir a sê-lo. Era uma jovem trabalhadora estudante. Estranhei o facto de a rádio só dar marchas militares, mas não pensei muito no assunto. Fui de táxi. Foi aí que confirmei que algo de anormal se passava - os taxistas sabem sempre tudo. O homem aconselhou-me a não andar na rua porque tinha havia um golpe militar. Fui ao emprego e mandaram-me para casa. Comprei o Século e lá vinha na última página um quadrado sobre o golpe. Regressei a casa fazendo saltar da cama quem ainda dormia. Nesse dia comprei a minha primeira televisão a preto e branco. Os dias seguintes foram inesquecíveis.
Quem ler o Público de hoje só sabe que é 25 de Abril na página 12.
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1 comentário:
Não li o Público de hoje (de ontem já). Apesar de já quase nada me espantar, ainda sinto indignações, como agora, ao saber aqui que só fala no 25 de Abril na página 12!
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