Além das horas em que tenho aulas estou obrigatoriamente na escola mais doze horas, colocadas no horário, em que não sei o que terei para fazer. Se não faltar nenhum professor ficarei então sem ter feito nada visível. E mesmo faltando pode não me calhar a mim essa tarefa porque há sempre à volta de meia dúzia de colegas disponíveis. Claro que não estou a olhar para as paredes mas não se justifica a minha presença. E não acho que tenha que fazer esforços de imaginação para ocupar esse tempo. Querem-me lá, então digam o que querem de mim. Enquanto o não fizerem eu lerei os meus livros e o que me apetecer.É absurdo o que se está a passar.
2 comentários:
Felizmente, nos tempos não lectivos, calhou-me uma tarefa bem interessante de atendimento de alunos que recebem ordem de saída da aula (porque já era um projecto da minha escola antes de imaginarmos as medidas que se avizinhavam). Mas, se me tivesse cabido essa tal das substituições, acho que de vez em quando "furava" o esquema, inventava um sumário tipo "educação para a saúde" e levava a turma para um espaço que temos lá na escola afastado das salas de aula para que simplesmente jogassem - esse tempo de falta de professor que os estudantes de todos os tempos sempre adoraram para brincar ou conviver desde que seja uma falta esporádica, irrelevante para a aprendizagem da "matéria".
O problema é não haver mais nada a não ser uma espera secante por um professor que não venha. O que preocupa a minha direcção de escola não é o bem estar ou o sucesso das crianças mas o seu próprio: não haver barulho quando há um furo.
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