maio 16, 2005

Cá como lá

Na revista Veja de 27 de Abril vem um pequeno artigo de um tal José Eduardo Barella sobre as mulheres na Suécia. E então diz-se que,sendo o país da Europa onde maior é a visibilidade da mulher no parlamento, nos ministérios, na igualdade de salários é também o país europeu onde é maior a violência contra a mulher - espancamento doméstico, relações sexuais forçadas e constrangimento psicológico. Em 15 anos os dados oficiais revelam que houve um aumento de 40% de casos de violência contra as mulheres... Ou seja quatro em cada dez suecas em algum momento da vida já foram agredidas por homens.É o dobro da média europeia.O jornalista não revela, com exactidão, a origem dos dados mas afirma também que " essa média só é ultrapassada por Portugal onde metade das portuguesas já foi surrada pelo menos uma vez na vida."Continua ele dizendo que, interrogada sobre este aparente paradoxo,de ser a Suécia um país que tanto promove a mulher do ponto de vista legale e ao mesmo tempo a trata tão mal em casa, a srª. Margareta Winberg, embaixadora da Suécia no Brasil e ex-ministra dos Assuntos para a Igualdade de Géneros, declarou:"Na verdade por contraditório que possa parecer, uma coisa está relacionada com a outra. Os suecos batem nas mulheres para deixar claro que ainda são capazes de as subjugar, apesar de terem perdido o poder sobre elas fora de casa." Uma das razões apontadas para justificar esta situação será o facto de as leis no trabalho terem sido impostas de cima para baixo. A directora do projecto de combate à violência contra a mulher, na Suécia, declarou, também, à Veja, que "Algumas mulheres suportam caladas para preservar a imagem de pessoa forte e independente que construíram na sociedade".

1 comentário:

Flávio disse...

Moral da história: mantenham as mulheres em casa, para seu próprio benefício. ;)