No meio da ignorância geral, alguém explica aos jornalistas de plantão que a média das pensões de aposentação da CGA é superior à das pensões de reforma da Segurança Social porque é a CGA que paga as pensões de aposentação dos políticos, diplomatas, generais, juízes, médicos, professores, quadros superiores do Estado, etc., ao contrário da Segurança Social, que paga as pensões de reforma dos taxistas, empregadas domésticas, operários da construção civil, do comércio, da indústria, da agricultura, da restauração, etc.? Os jornalistas de plantão não sabem que a Segurança Social suporta (e muito bem) os reformados do regime não-contributivo, ou seja, as pessoas que, por qualquer razão, nunca efectuaram descontos, e por isso têm direito a uma pensão mínima, vulgarmente chamada “de velhice”...? Os jornalistas de plantão não sabem que a CGA tem de suportar os fundos de pensões dos bancos privados, que em 2004, com vista a equilibrar o défice, começaram a ser transferidos dos cofres dessas entidades para os da CGA? Não perceber isto, ou, percebendo-o, manipular (como faz a maioria dos media) a opinião pública, inquina toda a discussão
por Eduardo Pitta, Da literatura